“- Peço ou pago primeiro?“
pergunta o cliente à jovem que estava no caixa logo à entrada da padaria
“- Pede primeiro“
E o cliente obedece, e se encaminha para o balcão.
A questão é simples, o cliente só queria saber se pedia-se primeiro à ela, caixa, ou não. Pede-se pagando ou paga-se pedindo, queria saber qual era o certo, o ponto de partida. Afinal, cada local tem seu sistema, sua logística. Só que ainda não terminou por aqui, pois assim que ele desvia o rumo para retornar à caixa, ela acrescenta…-”
” – Mas primeiro tem que pesar o que pedir”
Três minutos de comunicação desconexa e um cliente confuso, quase sentindo-se culpado por não entender a logística da padaria.
Se querem saber, pois podem até pensar que a caixa estava fazendo o cliente de bobo, eu afirmo que tanto eu, quanto o cliente, percebemos que não. É fácil reconhecer uma jovem sossegada, mas havia algo nela desconectado do local, do momento, do cliente e, principalmente, daquilo que ele queria.
A falha de comunicação é hoje um dos principais fatores de insatisfação da humanidade. Todos os esforços colocados na criação e execução de serviços ou produtos mais ou menos desejados ou necessários, retornam às cinzas, ou melhor dizendo, ao pó, quando a comunicação falha, sendo esta por si só algo de natureza já frágil e sensível.
Qualquer descuido, desatenção, virada de olhos, distanciamento, compromete a comunicação. Antenas à postos, atenção constante, o cérebro registra, prevê, calcula, age e atende. É assim que deveria ser à todo o tempo, pois tudo se trabalha em conjunto, em tempo e em espaço comuns.

Aquele que entrou com um propósito, neste caso, o cliente, estava em ação. Positivo, presente, pronto para interagir. A caixa estava, apesar de operante, em outro lugar. Desconectada do cliente, alheia ao que ele buscava que era nada mais que uma informação e um produto, mas que, de repente, virou uma complexa falta de solução.
Um exemplo quase irrelevante comparado à tantas outras desconexões, umas mais graves que outras, que assistimos diariamente a todo instante. Isso virou um ponto de interrogação também para os empresários, principalmente aqueles que sobrevivem do contato direto de seus funcionários com os clientes.
Ao contrário do que dizem, a carência de formação não é a principal vilã neste caso, apesar de assim ser considerada pela maioria. O que se investe em dinheiro para treinamentos inúteis, visando atender à essa demanda, bem poderia ser empregado na melhoria de condições de vida do próprio, digo, empregado. Na verdade o que há é simplesmente um descompasso de vidas.
Não tem a ver somente com fatores socioeconômicos, que fatalmente geram discrepâncias na formação educacional e profissional, mas algo ainda mais íntimo. Fatores emocionais oriundos de condições injustas regem os sentimentos que, por sua vez, quase que numa reação automática, detonam falhas, quando não, curto circuitos no espaço físico, incluso no campo de trabalho.
Infelizmente, são fatores pouco perceptíveis tamanha é a ganância das empresas que preferem estar distantes desse tipo de problema, formando hiatos na comunicação e na eficiência dos negócios entre eles e seus funcionários. De um lado, a falta de empatia da sociedade empresarial que não dá o primeiro passo à uma tentativa de aproximação. Do outro lado, o empregado, alheio aos interesses e necessidades de quem nada lhe tem em comum, descartam o comprometimento contratado, pois apesar de precisar do trabalho, não o reconhece como algo parcialmente seu.

Política de remuneração aliada à uma gestão de desempenho é uma estratégia relativamente recente oriunda de um raciocínio lógico que não deveria sequer estar sendo ‘ainda’ debatido. Deveria constar como matéria básica de gestão desde o início dos tempos, mas para um mundo que ainda conta com alguns casos de trabalho escravo, parece ser já um avanço.
De qualquer modo, ela sozinha não se faz suficiente, pois corre o risco de estragar ainda mais a relação de trabalho oferecendo uma política de interesses, competitividade acirrada, além de uma postura mimada onde só se faz, e bem, se receber algo em troca, na mesma proporção. Não há ainda aqui, entrega ou comprometimento

Diante de mundos paralelos que nunca se encontram, a solução é voltar-se para uma linha do horizonte, e tentar se concentrar num ponto em comum, um ponto de fuga em perspectiva que possa atingir maior grau de felicidade, contentamento. satisfação para ambas as partes.
Mas ainda estamos distantes da criação de uma estratégia que vise unir o sentimento com o trabalho, pois essa conexão é vista com enorme preconceito. Consideram uma mistura impossível de dar certo. Entretanto, buscar felicidade em conjunto, mesmo que a meta seja o lucro, não tem nada de errado.
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