O refrão acabou por trazer o título antes do texto, o que o compromete de cara.
O conhecido samba de Noel, que mamãe cantarola à tardinha na mesa da cozinha, assobiou no meu ouvido junto à sensação de inutilidade, vazio, uma tristeza e decepção diante de tanto sofrimento, de quando se perde a esperança no mundo, como um sujeito indeterminado.
Com que roupa que eu vou / Pro samba que você me convidou”
Preciosa, tanto para Pandora quanto para nós, a esperança é o dom que agarramos ao peito com força, para não a perdermos de vista, pois é ela que nos faz continuar lutando em meio às pressões atmosféricas das mais variadas possíveis, como essas agora, tão violentas, sem sentido algum que justifique tanta dor e sofrimento, que adoecem a alma e o corpo até de quem só assiste.
” – Uma vergonha! Essa máquina mortífera, a guerra. Há pouco tempo, passamos por uma pandemia que aniquilou quase 20% da população mundial, depois, uma guerra entre duas nações eslavas, o que já me parece incabível, resultando em milhares de mortos dos dois lados, por um punhado de terra, causando a destruição de um país inteiro e, agora, essa barbárie. por uma faixa de terra cuja proporção de selvageria ultrapassa tudo que poderíamos imaginar em pleno século XXI.”
“- … acho que o mundo está mesmo caminhando para o fim”.
” – Mas é que não faz o menor sentido. O mundo parecia estar ‘descendo redondo’ como anunciado. As arestas das desigualdades pouco a pouco iam se diluindo pelo conhecimento, iam sendo polidas com a internet, a globalização que nos levava a entender melhor as diferenças entre os povos, que no fundo são todas externas, culturais, sociais, econômicas porque nós, humanos, em toda a parte do mundo, desejamos, no fundo, o mesmo, lutar pelas nossas vidas e viver em paz.”
” – sim, mas agora essa guerra, é uma briga histórica, um massacre que já dura há décadas..”
” – E eu pergunto à você… que sentido há para nós humanos que nascemos, batalhamos, buscamos evoluir, nos desenvolvermos buscando maneiras de nos motivar, de manter o foco, a positividade, desejando alcançar o sentido da nossa existência, encontrar nosso ‘porto’ seguro… termos que ver esses megalômanos mercenários, fanáticos que começam a se bicar e, literalmente, saem mandando matar todo mundo, exceto a eles que, ao contrário de antigamente, nunca estão presentes no campo de batalha?!”
” – sim, esse era o tempo dos guerreiros que iam à frente inspirando seus soldados por um propósito, mesmo que fosse só deles próprios, mas agora, ficam lá, comodamente sentados em suas poltronas, só dando ordens. Um disparate! Com o avanço da ciência em todos as áreas, nós, humanos já enxergamos o quanto é primitivo e desnecessário matar ou sofrer pelo que não nos importa. Nosso propósito é crescer, alcançar a paz, a estabilidade, saciar nossas necessidades sejam elas as básicas, como as de conforto, juntar dinheiro para poder viajar, curtir, comprar nossa casa própria, mas aí, do nada, vêm esses caras e obrigam à população, que não tem nada a ver com a ‘rixa’ deles, a pegar em armas, matar, morrer, sofrer, torturar e ser torturados, ver crianças mutiladas, guerrear contra uma população que sofre tanto ou mais que a outra, que nunca fez nada, por causa de um ‘fuck peace of land’ que não lhe pertence?”
“– Só há uma resposta que o mundo poderia dar: Negar fogo! Fugir dessa manipulação… na grande maioria esses caras são psicopatas, gananciosos, frustrados, acometidos pelo tal ‘Napoleón complex’. Desde o fim da 2ª Guerra que esses megalômanos investem só em armamentos, tecnologia de guerra, espionagem. além de se armarem de ‘donos do mundo’ para reestabelecer um equilíbrio internamente perdido, que eles não conseguem manter e lucram com os conflitos. Fomentam guerras. Financiados por mutimilionários, donos das maiores riquezas do mundo, já perderam o tesão pela vida, enjoaram dos games of thrones, querem real blood e live empowerment, cruzaram a fronteira do inferno, do mundo sem alma’.
“- Então me diga, temos esperança de sair ilesos de uma possível 3ª Guerra Mundial, dessa vez com armas nucleares, devastadoras?”
“- Temos, mas só uma. O povo se rebelar! As únicas revoluções efetivas, revolucionárias, marcantes na história da humanidade com resultados produtivos, eficazes, benéficos para o mundo, foram as lideradas pelo povo. Pode consultar tudo, em todo o lado do mundo. A gente tem poder para por esses megalômanos fanáticos de fora se as populações de todos os países se unirem contra a guerra. Não deixar que eles nos destruam. Veja Israel… 86% da população é contra o atual governo e condena os atos anteriores feitos contra a palestina, assim como os palestinos de Gaza sofrem com esse domínio desses terroristas do Hamas. Estão ambos descontentes.”


E eu, enquanto ouço o diálogo, com Noel cantarolando no meu ouvido,
digo que ainda vou com a esperança
para uma luta se for a convite do povo.
Não é impossível,
o povo, como um todo, pode destruir o mal que assola e mata inocentes.
NÃO QUEREMOS GUERRA em todas as línguas!
Um grito só de liberdade
pelas nossas vidas
pela Paz!
Maravilhosa texto, foi no amago da questao , devia ser publicado nos Jornais , pois muita Gente deveriam ler